domingo, 27 de janeiro de 2008

Ecos da ausência...

2 comentários:

C Valente disse...

Que o som por outros seja partilhado, será menos angustiante
Saudações amigas

Anónimo disse...

Aqui fica um poema de Mguel Torga qu gosto muito. Tudo de bom!

Dies Irae

Apetece cantar, mas ninguém canta.
Apetece chorar, mas ninguém chora.
Um fantasma levanta
A mão do medo sobre a nossa hora.

Apetece gritar, mas ninguém grita.
Apetece fugir, mas ninguém foge.
Um fantasma limita
Todo o futuro a este dia de hoje.

Apetece morrer, mas ninguém morre.
Apetece matar, mas ninguém mata.
Um fantasma percorre
Os motins onde a alma se arrebata.

Oh! maldição do tempo em que vivemos,
Sepultura de grades cinzeladas,
Que deixam ver a vida que não temos
E as angústias paradas!