sábado, 11 de dezembro de 2010

"O Norte", por Miguel Esteves Cardoso

Primeiro, as verdades.

O Norte é mais Português que Portugal.

As minhotas são as raparigas mais bonitas do País.

O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela.

As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram. Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde- branca. Verde- rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar- se branco ao olhar. Até o granito das casas.

Mais verdades.

No Norte a comida é melhor.

O vinho é melhor.

O serviço é melhor.

Os preços são mais baixos.

Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia.

Estas são as verdades do Norte de Portugal.

Mas há uma verdade maior.

É que só o Norte existe. O Sul não existe.

As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta.

Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte.

No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista?

No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses Juntos falam de Portugal inteiro.

Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país.

Não haja enganos.

Não falam do Norte para separá-lo de Portugal.

Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal.

Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal.

Mas o Norte é onde Portugal começa.

Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo.

Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte.

Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa.

Mais ou menos peninsular, ou insular.

É esta a verdade.

Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é Especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à parte.

Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.

No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa.

O Norte cheira a dinheiro e a alecrim.

O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho.

Tem esse defeito e essa verdade.

Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.

O Norte é feminino.

O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso.

As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos.

Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade.

Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros.

Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas.

São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer. Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte. Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente.

Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial.

Só descomposturas, e mimos, e carinhos.

O Norte é a nossa verdade.

Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores.

Depois percebi. Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos. Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o "O Norte".

Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo. Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular - o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente.

No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto.

Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte de Lima. Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita.

O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os- Montes, se é litoral ou interior, português ou galego?

Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar.

O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm e dizer "Portugal" e "Portugueses".

No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior das naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos.

Como se fosse só um nome.

Como "Norte".

Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros.

Porque é que não é assim que nos chamamos todos? »

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Então é Natal

SO THIS IS CHRISTMAS - Então é Natal

And what have you done E o que você fez

Another year over Outro ano se passou

And a new one just begun E um novo apenas começou

And so this is christmas E então é Natal

I hope you have fun Espero que se divirtam

The near and the dear ones O próximo e os entes queridos

The old and the young a very merry christmas O velho e o jovem um Feliz Natal

And a happy new year E um feliz ano novo

Let's hope it's a good one Vamos esperar que seja um bom

Without any fear and so this is christmas Sem qualquer medo e então é Natal

For weak and for strong Para o fraco e por forte

For rich and the poor ones Para os ricos e os pobres

The war is so long A guerra é tão longa

And so happy christmas E o Natal tão feliz

For black and for white Para negros e para brancos

For yellow and red ones Para amarelos e vermelhos

Let's stop all the fight a very merry christmas Vamos parar toda a luta de um Natal muito alegre

And a happy new year E um feliz ano novo

Let's hope it's a good one Vamos esperar que seja um bom

Without any fear and so this is christmas Sem qualquer medo e então é Natal

And what have we done E o que temos feito

Another year over Outro ano se passou

And a new one just begun E um novo apenas começou

And so happy christmas E o Natal tão feliz

I hope you have fun Espero que se divirtam

The near and the dear ones O próximo e os entes queridos

The old and the young a very merry christmas O velho eo jovem um Feliz Natal

And a happy new year E um feliz ano novo

Let's hope it's a good one Vamos esperar que seja um bom

Without any fear and so this is christmas Sem qualquer medo e então é Natal

And what have we done E o que temos feito

Another year over Outro ano se passou

And a new one just begun E um novo apenas começou

terça-feira, 9 de novembro de 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

domingo, 10 de outubro de 2010

Imaginem...

00h30m
Imaginem que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação. Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento. Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado. Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas. Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins. Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas. Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo. Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos. Imaginem que país seremos se não o fizermos.

Imaginem...

00h 30m Imaginem que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação. Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento. Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado. Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas. Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins. Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas. Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo. Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos. Imaginem que país seremos se não o fizermos.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Tripeiro no seu melhor!!!

Diz o 1º lisboeta:
- Eu tenho muito dinheiro. Vou comprar o BPI!
Diz o 2º lisboeta:
- Eu sou ainda mais rico... vou comprar a Fiat Automóveis!
Diz o 3º lisboeta:
- Eu sou um magnata. Vou comprar todos os supermercados Continente!
O tripeiro dá uma baforada no cigarrito, engole a saliva... faz uma pausa... cospe no chão e diz:
- Num Bendo!...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Insólito!!!

Este ano, no mês de Agosto, tivemos 5 domingos, 5 segundas e 5 terças. Isto somente acontece a cada 823 anos e segundo a cultura chinesa do feng shui aquele que conta tal fato aos outros nos primeiros dias de Setembro atrairá muito dinheiro. Então, contem a todos. Muitíssima sorte!!! Espero que os chineses estejam certos!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Sou...

Sou...

Sou mudança;

Ontem fui e amanhã vou ser,o que vai ser não sei;

Sou sentimento e simpatia,por vezes frio e realista;

Sou o meu mundo, TU não me apontes o dedo, e não dês ordens;

Se queres a minha AMIZADE conquista-me,conhece-me todos os dias, aí sim poderás conhecer a outra parte que me faz total;

De mim cada um tem só o que merece;

Nem um pouco a mais, nem a menos;

Gosto de simplicidade,calção e t-shirt, comer sandes e dizer asneiras;

Não suporto gente armada em intelectual, mas divirto-me bastante com aqueles que acham que são mais inteligentes que os outros;

Hoje sou assim e há quem nem assim seja;

Amanhã quem sabe o que serei...

sábado, 4 de setembro de 2010

Upgrade de um Namorado 5.0 para Marido 1.0

Caro Apoio Técnico,

No ano passado fiz um upgrade do NAMORADO 5.0 para o MARIDO 1.0 , (ou seja: casei!!!) e notei uma redução significativa de performance, principalmente nas aplicações FLORES e JÓIAS, que operavam sem falhas no NAMORADO 5.0 .

Além disso, o MARIDO 1.0 desinstalou outros programas importantes como ROMANCE 9.5 e ATENÇÃO AO QUE EU DIGO 6.5 e instalou aplicações indesejáveis como JOGO DE FUTEBOL 5.0.

Também não tenho conseguido rodar o programa CONVERSAÇÃO 8.0 e o AJUDAR EM CASA 2.5: o sistema simplesmente bloqueia. Tentei fazer correr o RECLAMAÇÕES 5.3 para corrigir esses problemas mas não consegui nada. O que faço?

Ass.: Utilizadora desesperada.

____________________________

Cara Utilizadora desesperada,

Primeiro, tenha em mente que o NAMORADO 5.0 é um pacote gratuito e de entretenimento, enquanto MARIDO 1.0 é um sistema operativo.

Comece por fazer o download de LÁGRIMAS 6.2 e depois digite o comando C:/EU PENSEI QUE ME AMAVAS para instalar o SENTIMENTO DE CULPA 3.0. Essa operação actualiza automaticamente as aplicações FLORES 3.5 e JÓIAS 2.0.

Mas lembre-se que o uso em excesso dessas aplicações no MARIDO 1.0 pode activar alguns programas indesejáveis como SILÊNCIO TOTAL 6.1 , IR VER O FUTEBOL COM OS AMIGOS 7.0, que invariavelmente instala o CERVEJA 6.1 e CIGARRO 3.1.

Este último é terrível, pois cria arquivos do tipo WAV da versão RESSONANDO ALTO 2.5.(ehehehehe)

De qualquer forma, não instale SOGRA 1.0 ou reinstale qualquer versão de NAMORADO. Estas aplicações são incompatíveis e vão bloquear o MARIDO 1.0.

Em resumo, MARIDO 1.0 é um óptimo sistema, mas ele tem limitações de memória e demora a correr certas aplicações. Para o perfeito funcionamento do sistema, sugerimos que a senhora adquira alguns programas adicionais.

Recomendamos:

JANTAR ROMÂNTICO3.0, LINGERIE 6.9 e KAMASUTRA 3.1

Muito cuidado: Algumas clientes instalam o FILHO 1.0 para tentar dar estabilidade ao sistema e muitas vezes isso causa alguns efeitos contrários, sendo necessário, antes, uma verificação total no sistema para garantir espaço no disco e, principalmente, ter um SWAP adequado no MONEY 3.0.

Boa Sorte.

Atenciosamente.

Apoio Técnico

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Momento

Um dia aqui no Porto, eu ia no carro e vi um senhor bem velhinho passeando com seu cão.
O sinal estava vermelho e eu pude observar o par de amigos por um instante. O velho parou, o cão sentou ao seu lado e enquanto os dois olhavam juntos para o nada o velho ia conversando com cachorro…era uma conversa calma, meio displicente, provavelmente sobre algum assunto corriqueiro… enfim, eu não sei sobre o que é que eles falavam, mas eu vi naquele momento que não é dinheiro, ou trabalho ou qualquer bem material que interessa, porque no final de tudo só o que importa são as verdadeiras amizades e amores… isso é o que fica, é o que faz a vida valer a pena!

domingo, 4 de julho de 2010

Reflexão...

"Nosso medo mais profundo
não é o de sermos inadequados.
Nosso medo mais profundo
é que somos poderosos além de qualquer medida.
É a nossa luz, não as nossas trevas,
o que mais nos apavora.
Nós nos perguntamos:
Quem sou eu para ser Brilhante,
Maravilhoso, Talentoso e Fabuloso?
Na realidade, quem é você para não ser?
Você é filho do Universo.
Se fazer pequeno não ajuda o mundo.
Não há iluminação em se encolher,
para que os outros não se sintam inseguros
quando estão perto de você.
Nascemos para manifestara glória do Universo
que está dentro de nós.
Não está apenas em um de nós: está em todos nós.
E conforme deixamos nossa própria luz brilhar,
inconscientemente damos às outras pessoas
permissão para fazer o mesmo.
E conforme nos libertamos do nosso medo,
nossa presença, automaticamente, libera os outros."
Nelson Mandela

quarta-feira, 30 de junho de 2010

CINCO LIÇÕES SOBRE COMO TRATAR AS PESSOAS

1 - Primeira lição importante - Senhora da limpeza; Durante o meu segundo ano no ensino superior, o nosso professordeu-nos um teste.Eu era um aluno consciente e respondi rapidamente a todas as questõesaté ler a última: "Qual é o nome da mulher que faz a limpeza na escola?"Isto só podia ser uma brincadeira. Eu tinha visto a mulher da limpezainúmeras vezes.Ela era alta, cabelo escuro, à volta dos 50 anos, mas como poderia eusaber o nome dela?Eu entreguei o meu teste, deixando em branco a última questão. Mesmoantes da aula terminar, um dos estudantes perguntou se a últimaquestão contava para nota. "Absolutamente," respondeu o professor. "Nas vossas carreiras irãoencontrar muitas pessoas. Todas são significativas. Elas merecem avossa atenção e cuidado, mesmo que tudo o que vocês façam seja sorrire dizer 'olá'." Nunca esquecerei aquela lição. Também aprendi que o nome da senhora era Dorothy.
2. - Segunda lição importante - Boleia na chuva; Uma noite, pelas 11:30 p.m., uma mulher de origem Africana, estavaapeada numa autoestrada do Alabama, a tentar aguentar uma valentechuva torrencial. O carro dela tinha avariado e ela precisavadesesperadamente de uma boleia.Completamente encharcada, ela decidiu fazer stop ao carro que seaproximava. Um jovem, branco, decidiu ajudá-la, apesar de isto ser umaattitude de bravado naqueles dias de racismo (década de 60). O homemlevou-a até um lugar seguro, ajudou-a a resolver a sua situação earranjou-lhe um taxi. Ela parecia estar com muita pressa, mas mesmo assim tomou nota damorada do jovem e agradeceu-lhe.Uma semana mais tarde batiam à porta do jovem. Para sua surpresa, umatelevisão de ecrãn panorâmico era-lhe entregue à porta. Um cartão deagradecimento acompanhava a televisão. Dizia:"Muito obrigado por me ajudar na autoestrada na outra noite. A chuvanão só encharcou a minha roupa, como o meu espírito. Foi então quevocê apareceu. Por causa de si consegui chegar ao meu marido antes deele falecer. Que Deus o abençoe por me ter ajudado e ter servidooutros de maneira tão altruísta.Com sinceridade,Mrs. Nat King Cole."
3 - Terceira lição importante - Lembra-te sempre daqueles que servem; Nos dias em que um gelado custava muito menos do que hoje, umrapazinho de 10 anos entrou no café de um hotel e sentou-se a umamesa. Uma empregada de mesa trouxe-lhe um copo de água. "Quanto custa um gelado de taça?" perguntou o rapazinho."Cinquenta cêntimos," respondeu a empregada. O rapazinho tirou do bolso uma mão cheia de moedas e contou-as."Bem, quanto custa um gelado simples?" perguntou ele.A esta altura já mais pessoas estavam à espera de uma mesa e aempregada começava a ficar impaciente. "Trinta e cinco cêntimos," respondeu ela com brusquidão. O rapazinho contou novamente as suas moedas. "Vou querer o gelado simples." Respondeu ele. A empregada trouxe o gelado, colocou a conta em cima da mesa, recebeu odinheiro do rapazinho e afastou-se.O rapazinho terminou o seu gelado e foi-se embora.Quando a empregada foi levantar a mesa começou a chorar. Encima damesa, colocado delicadamente ao lado da conta, estavam 3 moedas decinco cêntimos... Não sei se está a ver, ele não podia comer o gelado cremoso porquequeria ter dinheiro suficiente para deixar uma gorjeta à empregada.
4 - Quarta lição importante - O obstáculo no nosso caminho; Em tempos antigos, um rei mandou colocar um enorme pedregulho numcaminho. Depois escondeu-se e ficou a ver se alguém retirava a enormepedra. Alguns dos comerciantes mais ricos do Rei passaram esimplesmente se afastaram da pedra, contornando-a. Alguns culpavam emalta voz o Rei por não manter os caminhos limpos. Mas nenhum fez nadapara afastar a pedra do caminho. Apareceu então um camponês, carregando um molho de vegetais. Aoaproximar-se do pedregulho, o camponês colocou o seu fardo no solo etentou deslocar a pedra para a berma do caminho. Depois de muitoempurrar, finalmente conseguiu. O camponês voltou a colocar osvegetais ás costas e só depois reparou num porta-moedas no sitio ondeantes estivera a enorme pedra. O porta-moedas continha muitas moedas de ouro e uma nota a explicarque o ouro era para aquele que retirasse a pedra do caminho. Ocamponês aprendeu aquilo que muitos de nós nunca compreendem! Cada obstáculo apresenta uma oportunidade para melhorar a nossa situação.
5 - Quinta lição importante - Dar quando conta: Muitos anos atrás, quando eu trabalhava como voluntário num hospital,conheci uma pequena menina chamada Liz, que sofria de uma doença rarae muito grave. A sua única hipótese de salvamento parecia ser umatransfusão de sangue do irmão mais novo, de cinco anos, que já tinhatido o mesmo problema e sobrevivido milagrosamente, desenvolvendoanticorpos necessários para a combater. O médico explicou-lhe asituação da irmã e peguntou-lhe se ele estaria disponível para dar oseu sangue à sua irmã. Eu vi-o a hesitar por uns instantes, antes de respirar fundo e dizer"sim, eu faço-o se isso a salvar."À medida que a transfusão ía correndo, ele mantinha-se deitado ao ladoda sua irmã, sorrindo. Todos nós sorríamos, vendo a cor a regressar àface da menina. Foi então que o menino começou a ficar pálido e o seusorriso a desaparecer. Ele olhou para o médico e perguntou-lhe, com a voz a tremer, "Será queeu começo a morrer já?". Sendo muito jovem, o menino não compreendeu o médico; ele pensou queteria que dar todo o seu sangué à irmã para a poder salvar.

domingo, 27 de junho de 2010

AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO

Um grupo de estudantes estudava as sete maravilhas do mundo. No final da aula, foi pedido que fizessem uma lista do que consideravam as sete maravilhas. Embora houvesse algum desacordo, prevaleceram os votos:
1) O Taj Mahal
2) A Muralha da China
3) O Canal do Panamá
4) As Pirâmides do Egito
5) O Grand Canyon
6) O Empire State Building
7) A Basílica de São Pedro Ao recolher os votos, o professor notou uma estudante muito quieta.
A menina ainda não tinha virado sua folha. O professor, então, perguntou se ela tinha problemas com sua lista.
Meio encabulada, a menina respondeu: — Sim, um pouco. Eu não consigo fazer a lista, porque são muitas as maravilhas.
O professor disse: — Bem, diga-nos o que você já tem e talvez nós possamos ajudá-la. A menina hesitou um pouco, então leu: — Eu penso que as sete maravilhas do mundo sejam:
1 — VER
2 — OUVIR
3 — TOCAR
4 — PROVAR
5 — SENTIR
6 — PENSAR
7 — COMPREENDER

sexta-feira, 25 de junho de 2010

ENFERMIDADE: SEFOIA

SEFOIA : Enfermidade ainda não aceita pela classe médica. Entretanto, milhões de pessoas em todo mundo padecem deste mal e esperam a aprovação da Organização Mundial de Saúde para que se estude e se encontre a cura para esta mortal enfermidade que, cada dia, é adquirida por milhares de pessoas.
SINTOMAS QUE DEFINEM O APARECIMENTO DESTA PATOLOGIA:
1.- Se um café te provoca insônia.
2.- Se uma cerveja te leva direto ao banheiro.
3.- Se tudo te parece muito caro.
4.- Se qualquer coisa te altera.
5.- Se todo pequeno excesso alimentar te provoca aumento de peso.
6.- Se a feijoada "cai" como chumbo no estômago.
7.- Se o sal sobe a tua pressão arterial.
8.- Se em uma festa vc pede a mesa mais distante possível da música e das pessoas.
9.- Se o amarrar os sapatos te produz dor nos quadris.
10.- Se a TV te provoca sono.
Todos esses sintomas são prova irrefutável que padeces de Sefoia
SE-FOI-A juventude !!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Made in PortugaL

O ZÉ, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã. Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China). Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss). Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas. Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego. Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes. Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Verdades intemporais...

EÇA DE QUEIROZ escreveu em 1871
"Estamos perdidos há muito tempo...
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte, o país está perdido!
Algum opositor do atual governo?
NÃO!"

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Saber escolher - Sábio Índio

Uma noite, um velho índio Cherokee contou ao seu neto sobre a guerra que acontece dentro das pessoas. Ele disse: "A batalha é entre dois "lobos" que vivem dentro de todos nós. Um é Mau. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras, orgulho falso, superioridade e ego. O outro é Bom. É alegria, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé." O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô: "Qual lobo vence?" O velho Cherokee respondeu: ... Aquele que você alimenta...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Reflexão sobre Reflexão...

É terrível pensar. Eu penso tanto e canso-me muito com meu pensamento. Às vezes penso em não pensar mais, mas isso requer ser bem pensado, pois se penso demais acabo esquecendo tudo o que pensava antes, se não penso fico a pensar nisso o tempo todo. Penso muito, penso tanto que estou começando a ter um colapso nervoso, tenho pensado muito na vida ao ponto de esquecer de vivê-la, de senti-la na sua forma mais plena... Não se esqueçam que as mais belas coisas da vida, não são vistas nem entendidas, mais sim sentidas pela alma e pelo coração! Millor Fernandes

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Limites...

Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos, os erros de nossos progenitores e com o esforço de abolirmos os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos mas, por outro lado os mais bobos e inseguros que já houve na história. O grave é que estamos lidando com crianças mais “espertas” do que nós, ousadas, e mais “poderosas” que nunca! Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ser, passamos de um extremo ao outro. Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos. Os últimos que tivemos medo dos pais e os primeiros que tememos os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos. E, o que é pior os últimos que respeitamos nossos pais e os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com o respeito. À medida que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudou de forma radical para o bem e para o mal. Com efeito, antes considerava-se um bom pai, aquele cujos filhos se comportavam bem, obedeciam às suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais, e veneravam seus pais, mas à medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco o respeitem. E são os filhos, quem agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas ideias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E que além disso, que patrocinem no que necessitarem para tal fim. Quer dizer; papéis inverteram-se. Agora são os pais que têm que agradar aos seus filhos para “ganhá-los” e não o inverso como no passado. Isto explica o esforço que fazem tantos pais e mães para serem os melhores amigos e “darem tudo” aos seus filhos. Dizem que os extremos se atraem. Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais a debilidade do presente preenche-os de medo e menosprezo ao verem-nos tão débeis e perdidos como eles. Os filhos precisam perceber que durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter e de guiá-los, enquanto não sabem para onde vão. É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino. Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca. Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás, carregando-os e rendidos às suas vontades. Os limites abrigam o indivíduo. Com amor ilimitado e profundo respeito. TextoMônica Monastério( Madrid-Espanha ).

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Miklos Fehér 6 anos depois...

Miklos Feher, nasceu a 20 de Julho de 1979 e foi um atacante da selecção nacional húngara. Começou por jogar num clube da sua cidade natal, o Gyõri ETO FC, tendo sido o Benfica o ponto alto da sua carreira. A 25 de Janeiro de 2004 e com apenas 24 anos, jogou a sua última partida contra o Vitória de Guimarães.

Instantes...

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido. Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério. Seria menos higiênico, correria mais riscos, viajaria mais. Contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos imaginários. Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida: claro que tive momentos de alegria. Mas se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos. Eu era um desses que nunca ia à parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente e um pára-quedas: se eu voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo. Jorge Luiz Borges

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Mais ou menos

Mais ou Menos A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos e até ter um governo mais ou menos. A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro. A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos, tudo bem! Mas o que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum: É amar mais ou menos, é sonhar mais ou menos, é ser amigo mais ou menos, é namorar mais ou menos, é ter fé mais ou menos, é acreditar mais ou menos. Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos. Chico Xavier