Teimosas, elas escorrem-me pela face... não as consigo conter, por mais esforço que faça. Sinto o peso da solidão, embora viva acompanhado. Talvez esse sentimento nasça da incompreensão que julgo sentir nos que me rodeiam, ou seja fruto de uma carência afectiva que me tolda o sentir e não me deixa aproximar dos outros.
Quero estar só, longe desta gente que me sorri, mas exige que eu seja aquele que não sou, e por isso gritam-me, achincalham, reduzem-me à ínfima criatura que luto por não ser... Detesto que me façam isto. Mas não sou capaz de ser o outro, o ideal, o que nunca se questiona e tudo aceita. Tenho muitas dúvidas e poucas certezas. Do nada ao vazio é um instante que preencho como posso. Eu que tanto preciso dos outros, por eles sou afastado. Não sei o que se passa. Cada vez estou mais longe e perco-me no caminho. Por isso choro. Contra a mentira, basto-me a mim próprio. Por favor, deixem-me me paz! Contradições de mim mesmo, que me impedem de ser feliz.
Estarei louco?
1 comentário:
Não, não é loucura , todos temos esses momentos, o mundo á nossa volta por vezes nos degola nos sufoca, alma e o espírito. È preciso ter força e animo outro dia de sol surgirá
Saudações amigas
Enviar um comentário